26 Jan
26Jan

     A cabeça do eleitor, essa é a questão principal em uma pré-campanha. Quais os temas mais o preocupam, que avaliação faz do atual governo, sua tendência é de mudança ou permanência? Essas são algumas das principais perguntas que estão na cabeça dos profissionais de marketing políticos que já começaram a trabalhar as campanhas eleitorais de 2022.

     As respostas, geralmente, vem de diversas pesquisas qualitativas e quantitativas. O segredo é entender a lógica do cidadão ao votar. Não é novidade para ninguém que o eleitor médio tem pouca informação e interesse por política e tende a delegar ou a buscar atalho para a tomada de decisão em quem vai votar.

     Alberto Carlos Almeida, em seu livro "A Cabeça do Eleitor", diz que são seis os fatores na lógica do eleitor: 1) a avalição do governo, 2) a identidade dos candidatos, 3) o nível de lembrança (recall) dos candidatos, 4) o currículo do candidato e como ele o utiliza para mostrar que pode resolver os principais problemas que aflige o eleitor, 5) o potencial de crescimento do candidato (que combina rejeição com nível de conhecimento) e 6) a popularidade e simpatia do candidato.

     Não custa lembrar também que a margem de erro das pesquisas tendem a ser tão maior quanto mais longe do pleito estiver. E que o Horário de Propaganda Eleitoral ((HGPE), apesar da diminuição do tempo de campanha e de espaço na TV e no Rádio, ainda tem peso nos resultados dos pleito, principalmente para cargos majoritários. Assim, o que há de mais estratégico deve ser medido muito mais nas pesquisas qualitativas do que quantitativas, que tendem a se alterar com o maior interesse dos eleitores pelo pleito, o HGPE e os acontecimentos da campanha.


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