01 Sep
01Sep

     Os spots de campanha eleitorais, as chamadas pílulas eleitorais, podem ser uma grande aliada dos candidatos a cargos executivos nestas eleições municipais de 2024. Ao menos nos locais em que existe o Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE). Isso porque o número de inserções podem ser suficientes para uma campanha massiva e bem persuasiva. Tomando como base um candidato que disponha de pouco mais de três minutos no horário de propaganda eleitoral gratuito (HGPE) é possível afirmar que ele terá cerca de 900 inserções durante os pouco mais de 30 dias de campanha no rádio e na televisão. 

     O que significa cerca de 26 inserções diárias de 30 segundos. A quantidade é mais do que suficiente para produzir um conteúdo que gere ação entre os eleitores. A ideia no marketing é de que três impactos diários, durante 21 dias, é suficiente para gerar ação de comunicação. Mais do que suficiente, se o conteúdo produzido também for atraente e sedutor, para chamar a atenção e levar a uma reflexão por parte do eleitor. 

     É preciso construir pílulas eleitorais de vacinação – leia-se de contrapropaganda ao ataque e dissonâncias cognitivas existentes ou sofridos –; de fixação, com ideias e propostas que reforcem a imagem pública positiva e suas propostas de governo; e de chamada para a mobilização e o voto. Só assim é possível dizer que as pílulas eleitorais podem ser até mais eficiente que os programas de rádio e televisão. Melhor no sentido de que essas inserções de 30 segundos aparecem durante o horário comercial do rádio e da TV e dificilmente levam o eleitor a desligar seus aparelhos para não assistir ou ouvir. E também por não acontecer em uma sequência com todos os outros candidatos juntos. 

     Portanto, vale a pena usar. A má notícia é que pílulas eleitorais só dão efeito positivo e relevante para os cargos majoritários. Para os cargos proporcionais, ainda continua valendo a boa saliva e cola de sapato: bater de porta em porta, com os santinhos, se apresentar aos eleitores, olhar bem nos olhos, e pedir o voto.


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