15 Feb
15Feb

    Quando falamos em comportamento do eleitor, a pergunta mais valiosa do momento é: o que mudou no comportamento do eleitor nas últimas eleições e como isso irá se refletir em 2022 no Brasil?

    A resposta não é nada fácil e ainda deve estar sendo analisada por diversos institutos de pesquisa, analistas político e profissionais de marketing eleitoral. De qualquer forma, temos alguns pistas. 

 Os modelos de comportamento eleitoral apresentam explicações clássicas que podem, em parte, ajudar a entender esse fenômeno tão complexo. O modelo de Downs (1957), por exemplo, diz que cada eleitor está mais próximo do partido que defende a posição mais semelhantes a sua. 

  Já Stokes (1963) afirma que os candidatos mais fortes são os que se associarem às valências com mais força  na opinião pública. Por fim, Fiorina (1981), Key (1966) e Lewis Beck et all. (2008) acreditam que o eleitor avalia as ações do administrador e pode premiar os que realizaram um bom governo e castigar os que exerceram um mal governo. Uma espécie de accountability vertical.

    Por tudo isso, as avaliações retrospectivas do atual governo pouco o ajuda, se levarmos em conta os dados das últimas pesquisas, que apontam uma rejeição acima de 50% e que 36% dos eleitores têm sentimento de decepção em relação a ele.

      É esperar para ver se o pacote de bondades em ano de eleição pode amenizar esse sentimento negativo e, ao menos, geram um segundo turno. Ou se a fatura vai mesmo ser liquidada já em outubro.

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