Uma campanha eleitoral deve ser dividida em fases, para que possa ser mais bem administrada. Existem várias metodologias para fazer essa divisão. Há os que a dividem em pré-pré-campanha, pré-campanha e campanha. Outros trabalham apenas com pré-campanha e campanha; com ou sem acréscimo do pós-campanha. E há também os que trabalham apenas a campanha e a dividem em lançamento, início, desenvolvimento, e fase final, estabelecendo estratégias e ações específicas para cada momento.
Quem trabalha com o modelo pré-pré-campanha, utilizam a primeira fase para fazer o diagnóstico e o planejamento da campanha eleitoral. Aqui também se detecta os prováveis pontos de crise e de ataque contra o candidato e se desenvolve e dissemina as "vacinas" que possam matar ou diminuir a dissonância cognitiva. Na pré-campanha é desenvolvida a campanha digital, que começa antes mesmo do período de propaganda eleitoral, evitando falar de candidatura, pedir voto ou dizer o número de candidato, para evitar crime eleitoral. E a campanha segue quase os mesmos padrões tradicionais.
Os que trabalham apenas com pré-campanha e campanha, usam praticamente as mesmas estratégias e táticas anteriores dessas duas fases. Alguns, porém, aqui acrescentam a ideia do pós-campanha, com as possibilidades de trabalhar a transição de governo, em caso de vitória, ou de ganhos na derrota, em caso de não ser eleito.
Por fim, os que trabalham apenas a fase de campanha, a divide em lançamento, início, desenvolvimento, e fase final. O lançamento serve para apresentar o candidato e o fazer conhecido do eleitorado. O início é usado para conseguir adesões e começar a crescer e a apresentar a propostas. Na fase de desenvolvimento é contrastadas as propostas do candidato com as de seus adversários, para demostrar a superioridade da primeira. Na reta final, o candidato concentra todos os esforços em mostrar volume de campanha e para pedir voto, revisitando os locais e públicos-alvo que trabalhou desde o começo.
Esse modelo, no entanto, tem uma falha: não leva em conta as mudanças ocorridas na legislação eleitoral dos últimos pleitos nem o peso que as redes sociais online passaram a ter nas campanhas. O melhor, portanto, e reunir estas alternativas de divisão da campanha em fase e as utilizar de forma que melhor convier ao candidato e ao cargo que ele vai disputar naquele pleito.