Embora não seja algo novo, a geografia eleitoral ainda é pouco usada no Brasil. A expressão territorial do voto é uma ciências que surgiu no século passado com o intuito de estabelecer uma correlação entre territórios eleitorais e atores políticos.
Essa técnica, comercialmente conhecida como geomarketing político, produz os mapas eleitorais, que são de grande valia para o planejamento e a gestão de uma campanha eleitoral. Por meio deles é possível localizar a concentração de eleitores do candidato, do partido, dos adversários e até mesmo as regiões vazias, em que não há a hegemonia de ninguém.
A geografia eleitoral ajuda a estabelecer o vínculo do candidato com seus territórios. O que permite, por exemplo, localizar espacialmente os problemas da população, estabelecer prioridades socioespaciais, orientar equipes de campo e estabelecer rotas de campanha; verificar tendências políticas de forma georreferenciadas e fazer estudos de opinião pública pela ótica da geografia.
Por tudo disso, a geografia eleitoral e as suas técnicas derivadas, como o geomarketing eleitoral, permitem usar a inteligência geográfica a favor dos candidatos. O que é de grande relevância em uma disputa por uma vaga tanto no Poder Executivo, quanto no Legislativo, levando-se em conta que cerca de 80% de todas as informações possuem algum atributo geográfico.