04 Nov
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Embora tenha começado a ser usada nas campanhas eleitorais desde 1992, pelo candidato norte-americano Bill Clinton, o uso estratégico da internet na disputa pelo voto se consolidaram com Barack Obama, em 2008. No Brasil, as campanhas digitais ganharam corpo a partir das eleições de 2010. Inicialmente, tendo o Twitter como rede social de destaque. Lugar ocupado pelo Facebook já em 2012 e 2016. 

Em 2018, o WhatsApp, que nem é uma rede social, passou a dominar o espaço da comunicação política. Desta vez, o foco não era mais a interação e a mobilização, mas o engajamento, principalmente, através de grupos fechados e alimentados com base em Fake News. Em 2020, o WhatsApp continuou prevalecendo e as Fake News também, mas desta vez de forma mais envergonhada e combatida ainda de forma tímida pela legislação e pelas próprias redes sociais.

Não sabemos ainda como serão as campanhas eleitorais em 2022. O certo é que a legislação será mais rígida, as redes sociais irão ser mais duras com as irregularidades: os disparos e as Fake News serão tratados como crime. É possível também que o eleitor esteja mais vacinado contra esses recursos da propaganda de guerra, que trazem graves prejuízos à democracia.

De qualquer forma, para os candidatos fica o aprendizado que que transformar curtidores em seguidores e, depois, em eleitores, não é uma tarefa fácil e rápida. Da mesma forma o entendimento de que política não é um assunto de interesse geral e para falar sobre ela é preciso transformar os temas em algo mais leve, bem humorado e simples. Explicando melhor a questão: os candidatos precisarão se esforçar para comunicar com um eleitor cada vez mais arredio e descrente com os atores políticos, partidos e a própria democracia.

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