A experiência das eleições presidenciais deixam sinais dúbios para quem quer se apoiar no passado para avaliar o atual pleito, em que Lula disputa o segundo turno com Bolsonaro.
De um lado existe o fato de quem desde que foi criada a possibilidade de reeleição, nenhum presidente brasileiro deixou de se releger. Mas nos EUA a não reeleição também é coisa rara e aconteceu recentemente com Trump.
Por outro lado, no processo eleitoral brasileiro, há uma regra de que quem vence o primeiro turno costuma também vencer o segundo. Isso porque os eleitores que votaram no candidato vencedor, normalmente, não mudam seu voto. E ele ainda pode ganhar o voto de outros eleitores que votaram em um terceiro candidato que passou a apoiá-lo no segundo turno.
Soma-se a isso, o histórico dos candidatos do PT à presidência da República, em particular Lula, que nunca ganhou eleições no primeiro turno. E, geralmente, ganha no segundo por margem de diferença não tão grande.
Portanto, é esperar dia 30, de olho nas pesquisas, que, por mais que afirmem que erraram, traçaram a tendência dos resultados do primeiro turno, indicando o mais votado, o segundo e o terceiro colocados. Os debaes também serão importantes. Até lá, haja coração.