Terminado o pleito de 2024 e apresentado os ganhadores, a atenção se volta para 2026. Até que ponto os resultados de 2024 irão influenciar 2026? Essa é a grande pergunta. Não temos bola de cristal para prever, mas podemos criar algumas hipóteses plausíveis com os resultados conhecidos. Assim, é possível supor que os fatores combinados sugerem um cenário eleitoral em 2026 em que a competição política será intensa, possivelmente com uma divisão mais difusa entre várias forças políticas, exigindo estratégias inovadoras e alianças inesperadas para alcançar o sucesso eleitoral.
A polarização, embora esteja se enfraquecendo, ainda é um fator, com uma nova disputa emergindo entre a direita e a extrema direita. O crescimento de grupos de direita e o aumento dos votos desiludidos indicam uma possível guinada à direita no cenário político. Isso pode resultar em maior fragmentação do campo político, especialmente se a extrema direita continuar a ganhar força. A fragmentação da direita pode beneficiar os grupos centristas, diluindo o poder de figuras extremas. Ao menos é o que indica a hegemonia do Centrão. Isso também sugere que partidos de centro-direita podem continuar a desempenhar um papel crucial, possivelmente formando coalizões que afetem o equilíbrio de poder.
A diminuição da força de Bolsonaro e de seus aliados indica uma possível mudança no protagonismo político. Embora o PT tenha perdido parcialmente para o PL, mantém um núcleo forte, sinalizando que pode se renovar e continuar relevante, especialmente se capitalizar sobre essa renovação. Aqui também cabe ressaltar que investimentos significativos de partidos como o União Brasil sugerem que o cenário econômico e a alocação de recursos podem desempenhar um papel central nas estratégias das próximas eleições. O gasto excessivo com honorários advocatícios nas eleições passadas também aponta para a necessidade de reformas e de uma gestão mais eficiente dos recursos eleitorais.
Por fim, é importante lembrar que o alto índice de reeleição, o maior desde a institucionalização desse mecanismo, indica estabilidade na preferência por candidatos incumbentes. Isso pode sinalizar uma vantagem para aqueles atualmente no poder, enquanto o envelhecimento do discurso de esquerda sugere a necessidade de renovação narrativa para reconquistar o eleitorado. Bem como que a força dos grupos organizados de minorias e à esquerda, juntamente com a participação feminina, aponta para uma maior inclusão e diversidade nas eleições futuras. Este fator pode redefinir agendas políticas e pautas prioritárias para 2026 e dificultar muita a vida de Bolsonaro e seus aliados.
Obs: Texto e imagem feitas com ajuda de AI