Em 2022 teremos novas eleições presidenciais. Talvez uma das mais esperadas dos últimos tempos. Muita expectativas estão sendo criadas em torno dos resultados já nesse início de ano, embora as eleições só aconteçam em outubro: Lula vai ganhar mesmo no primeiro turno. Bolsonaro vai continuar tendo um crescimento apenas da rejeição, há espaço para uma terceira via?
Ainda é muito cedo para responder a todas estas indagações. E o que dizem os especialistas em relação a elas? A maioria deles também não se arriscam a bater o martelo em nenhuma destas questões. De certo mesmo o que temos são algumas questões de cenário histórico e dados aceitos pela ciência política como preditores de voto.
Ou seja: depois da aprovação da reeleição no Brasil, todos os presidentes conseguiram se reeleger. Essa é a boa notícia para Bolsonaro. A ruim é que o desempenho econômico do país voltou a ser a principal preocupação dos brasileiros e a economia com altas taxas de desemprego, inflação, juros e queda do PIB não ajuda muito o mandatário que disputa reeleição.
Outro dado apresentado, pelo cientista político e especialista em pesquisa de opinião pública, Antônio Lavareda, também não anima muito os defensores do atual presidente. É que as pesquisas de intenção de votos indicam que Lula tem a mesma intenção de votos das duas eleições em que foi eleito. Já Bolsonaro divide o percentual que obteve na eleição de 2018 com Moro. Assim, parece que Moro tira voto de Bolsonaro e não de Lula.
Aumento no valor pago às famílias de baixa renda, com a substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, pode ajudar Bolsonaro a melhorar seu pífio desempenho nas pesquisas eleitorais. Ao mesmo tempo, a trapalhada que o presidente fez no final de ano com as férias em plena catástrofe na Bahia e a dificuldade imposta à vacinação das crianças podem entornar o caldo de vez. Ainda mais se houver outra onda da Covid-19 com o crescimento de mortes. E aguardar para ver.