Os resultados das pesquisas eleitorais esse ano tem apresentado números contraditórios. De um lado os institutos mais consolidados e experientes apresentam uma variação bem próximo à margem de erros. De outro, instituto mais novos aparecem com resultados totalmente inversos.
Diante disso, a grande pergunta: como avaliar a qualidade dos survey? A pesqusiadora Nara Pavão afirma que para avaliar a qualidade das pesquisas qualitativa devemos levar em conta: 1) o tamanho da amostra, métodos de amostragens e as características da cobertura, 2) a qualidade dos questionários, 3) os métodos de coleta de dados e 4) a taxa de respostas e informações sobre as características dos respondentes e dos não respondentes.
Assim, pesquisa nacionais, que entrevistam mais que 2 mil eleitores e usam o campo por ponto de fluxo ou amostra domiciliar costumam ter melhores resultados que as feitas por telefone ou internet e com amostras menores que 2 mil eleitores. Cabe também ressaltar que é possível verificar os institutos que mais acertaram em eleições anteriores, mesmo levando em conta que pesquisa não é um preditor de resultados, mas um retrato do momento político.
Institutos como DataFolha, Ipespe, Ipec e Quest são os que costumam acertar mais. Outros como Paraná e Brasmarket erraram mais em 2018. Por fim, é bom lembrar uma novidade nesta eleição. Os agregadores, que conseguem reunir uma série de pesquisas de todos os institutos e, por meio de um algorítimo, apresentar um resultado que consegue diminuir os viéses de cada pesquisa. Bons exemplos disso são os agregadores do Estadão e do Poder 360.