Uma das discussões atuais, em relação ao terceiro mandato presidencial de Lula, é se ele realmente deveria ceder os anéis ao Centrão para preservar os dedos. Ou seja, se ele deve, realmente, demitir membros do seu time de ministros escolhidos para a posse para abrir espaço ao PP e ao Republicano? A pergunta só pode ser respondida se olharmos para o presidencialismo de coalizão no Brasil.
Essa modalidade de presidencialismo, criada a partir da Constituinte de 1988, não deixa outra opção ao presidente do que negociar com os partidos políticos para obter o apoio necessário para conseguir maioria na Câmara e no Senado e aprovar suas políticas de governo. O presidencialismo de coalizão é um sistema político, que existem em países como Itália, Índia e Brasil, em que o partido não tem uma maioria no parlamento.
Ele é criticado por alguns especialistas, que argumentam que o regime leva a uma maior corrupção e ineficiência. No entanto, outros argumentam que o sistema é necessário para garantir a estabilidade política no país. Na atual legislatura, o Partido dos Trabalhadores é o partido mais representado na Câmara dos Deputados (68 deputados), seguido pela União Brasil (59 deputados), pelo Partido Liberal (55 deputados) e pelo Partido Social Democrático (42 deputados). Portanto, dos três maiores partidos, além do PT, um é de oposição e dois votam de forma independente do governo.
E a base de apoio original do governo é composta apenas pelo PT, PCdoB (8 deputados), PSB (8 deputados), PDT (17 deputados), PV (11 deputados) e REDE (2 deputados). O que já obrigou o presidente Lula a trazer para seu governo no PSD e o União Brasil. Ocorre que nem todos os membros desses partidos no Congresso Nacional são fiéis em votações de interesse do presidente Lula. Assim, parece não restar muitas alternativas a nãos ser ampliar a base de apoio, com a ajuda do Centrão.
A esperança é que esse apoio esteja condicionado ao crivo da base de centro-esquerda e o presidente Lula não desista de demitir qualquer auxiliar indicado pelo Centrão que se seja envolvido em indícios de corrupção e outras práticas não republicanas. Afinal, o país precisa ser reconstruído e Lula não pode cair na mesma armadilha duas vezes. Mensalão e Petrolão foram, em parte, operados por partidos como PMDB, PP e PTB que, na época, faziam parte da base do governo do PT.
Obs: texto produzido com ajuda de inteligência artificial