19 Jul
19Jul

     Uma das dúvidas que sempre piaram sobre uma campanha eleitoral municipal é o peso que o apoio do governo do Estado e do presidente da República tem na decisão de voto do eleitor local. A resposta não é tem ou não tem, mas sim, depende. Depende de uma série de variáveis, que vamos discorrer aqui. Mas é importante também lembrar que nas eleições municipais o que está em jogo são os problemas e soluções da cidade em que as pessoas vivem 

     Por isso, embora não se possa negar a importância que tenham os apoios de instâncias superiores da Federação e do entendimento de que os recursos estaduais e federais são muito importante para garantir a maioria das obras realizadas, principalmente, em pequenos municípios, que vivem quase exclusivamente dos recursos do Fundo de Participação, o eleitor, neste caso, avalia muito mais a satisfação ou insatisfação com a administração de sua cidade. 

     Também pesa pouco, mas pesa, a Federalização do debate e a polarização ideológica. A disputa entre as figuras públicas de Lula x Bolsonaro, muito pouco importa ao eleitor, na maioria das cidades brasileiras. De qualquer forma é bom apontar que tem se percebido que o apoio de Lula ainda seja percebido como algo negativo e o de Bolsonaro, polêmico. Ao que parece, em termos de apoio externo, conta mais o do governador. 

     De qualquer forma é importante citar que pesa muito mais a avaliação da administração municipal e o capital político dos postulantes ao cargo de prefeito. Aprovação positiva (ótimo e bom) de 60% acima é uma barbada para vitória; rejeição negativa (de 30% acima) é uma forte indicação de derrota do mandatário. A satisfação com a vida, a cidade e o otimismo com o futuro são fatores de ajudam a reeleição. O contrário, a renovação. Para os desafiantes, o inconveniente está no desconhecimento da sua imagem pública e de suas propostas e experiências na administração pública.

Comentários
* O e-mail não será publicado no site.