As campanhas eleitorais podem ser divididas em diversas formas, mas um modelo comum é o de separá-las entre majoritárias e proporcionais. As primeiras são aquelas voltadas para a eleição de cargos executivos (prefeito, governador e presidente da República). A segunda, aos cargos legislativos (vereador, deputado estadual e deputado federal). O senador é o único cargo legislativo que é majoritário, pois é eleito apenas o mais votado ou os mais votados, quando são escolhidos os ocupantes de duas vagas no Senado Federal para cada Estado.
Nas campanhas majoritárias, o discurso do candidato deve ser amplo e abrangente, de forma a atingir a uma ampla parcela do eleitorado. Já para os cargos proporcionais é possível uma maior segmentação e a expressão de discurso conflitante. Neste último caso, não se deve falar para todo mundo, mas apenas para uma parcela do eleitor, que pode estar em um espaço geográfico ou interessado em um tipo de assunto ou tema e até mesmo representar uma parcela específica da população.
Outra diferenciação importante em termos eleitorais é saber se o candidato está candidatando ao cargo pela primeira vez ou se trata de uma reeleição. Na campanha de primeira eleição, o candidato parte muito premissas baseadas nos seus atributos pessoais, seu posicionamento e sua história de vida, e na relação com grupos e regiões onde ele está inserido e que ele pretende representar. A campanha de reeleição parte de uma base mais organizada e estruturada, inclusive em termos de discurso. Ou seja, a base é a soma disso tudo mais o balanço e a defesa dos feitos, realizações e conquistas que o mandato em curso conquistou.
Por último, é importante diferenciar se a campanha é de um candidato de situação ou de oposição. A primeira se apresenta como mudança e a segunda, como continuidade. Faz parte das preocupações em qualquer um desses casos, convencer o eleitor a ir votar no dia da eleição e também mobilizar os eleitores a fazem a escolha pelo candidato que você está trabalhando.